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É claro que antes de
finalizar tal projeto, tratei de ensaiar as partes necessárias, separadamente.
Construí um quadro de
114cm de lado, o que significa uma área de 1.3 m². Para cobrir a faixa de
ondas médias, a tal indutância de 280 mHy
seria realizada com 10 espiras, espaçadas 1 cm.
Vista da antena durante os testes
iniciais. Fio encapado com PVC, ainda.
Porém o resultado da medida efetuada mostrou que estas 10 espiras significavam 335
mHy.
Não sei se as fórmulas não são tão exatas ou o fato de eu ter utilizado fio
de cobre encapado com PVC mudou algo. Certamente que a capacitância
distribuída é maior com o fio encapado, mas a indutância não deveria ser
maior.
A idéia de ter 10 espiras - um
número par - é que pretendo ter um center-tap para experimentar com ajustes de
equilíbrio e simetria da antena.
Mas como a curiosidade para
realizar algumas medidas foi maior, simplesmente removí uma espira e assim
obtive um indutor de 265 mHy.
Com o capacitor variável disponível, a tal antena agora sintonizava de 400 KHz
à 1600 KHz. Deveria com 265 mHy
chegar à 1700 KHz aproximadamente. Creio que a capacitância entre espiras,
pelo fato do fio usado estar encapado com PVC, aumentou.
E antes de montar o isolador à
válvula, tratei de montar um provisório, usando JFets J310. Segue a mesma
arquitetura e técnica adotada para a válvula, inclusive no que se refere ao
ruído e impedâncias de entrada e saída. A limitação existe na capacidade de
lidar com sinais muito intensos.
O circuito provisório que foi
montado é este:
Da forma como está, a
impedância de entrada gira em torno dos 900 KW
(uma média entre os 300 KW
e 2 MW)
e a impedância de saída prevista, antes do balun, fica em torno de 200 W.
Mesmo assim montei com o balun 9:1 para adiantar o serviço para a versão com
válvula. O correto seria um balun 2:1.
Falando neste balun, é um
enrolamento quadrifilar de 12 espiras em um núcleo toroidal de 12mm de
diâmetro externo, retirado de sucata. A permeabilidade inicial do material,
para ser eficiente de 100 KHz à uns 4MHz, deve ser de, no mínimo, 150. A
quantidade de espiras varia conforme esta permeabilidade. A indutância (em mHy)
mínima de cada enrolamento, para uma carga de 50 W
deve ser de (4 x Z)/(2 x p
x F), Z=50 W,
F em MHz. As tais 12 espiras resultaram em uma indutância de 110 mHy.
Assim, estre transformador é útil à partir de uns 350KHz.
Os resistores de 330 ohm nos
sources dos jfets determinam a corrente de repouso, uns 10mA por jfet. Este
valor resulta em uma transcondutância de 15000 mmohs.
Naquela conta que a impedância de saída é aproximadamente igual à
(1/transcondutância), temos algo em torno de 65 W
por fet (130 W
totais). Por isso o balun 2:1 seria o mais indicado. Na realidade o sinal
recuperado na antena, desta forma, é tão grande, que uma adaptação de
impedâncias na linha do minimum-loss pad poderia ser usada entre cada
jfet e transformador 4:1 ou 9:1.
Esse elemento atenuador à
saída ajudaria na manutenção da estabilidade, e serviria como "ajuste
fino" do equilíbrio do amplificador.
Mas antes de equilibrar o
buffer para RF, devemos equilibrar para DC. Na realidade tive que adicionar em
paralelo com um dos resistores de 330 W
um outro resistor, de 1000 W,
para antes de qualquer coisa equilibrar o funcionamento DC de cada jfet (ou
seja, mesma corrente de repouso nos dois). Claro que um trimpot de 220 W,
com o terminal central conectado ao terra, e no lugar dos resistores de 330 W
resistores de 220 W
(e neste caso cada resistor ficaria conectado entre source do jfet e extremidade
A ou B do trimpot) seria mais elegante para este ajuste de equilíbrio da
corrente de repouso.
Feito isso, conecta-se a saída
do buffer à um receptor e antes de conectar a antena em si, põe-se em curto
circuito os pontos de conexão da bobina da antena. Feito isso, um pedaço de
fio servindo de "antena de prova" é ligado à este curto-circuito.
Sintoniza-se o receptor na frequência mais central da faixa de OM, onde haja
uma emissora com sinal forte.
Existindo aquele minimum-loss
pad instalado, atua-se nele para que o sinal no receptor, com os terminais
de entrada em curto, seja o menor possível. Sim, se a simetria é importante na
antena, para a maior profundidade dos nulos e maior rejeição do campo
elétrico próximo, também deve ser mantida no caminho balanceado.
O minimum-loss pad nada mais é
do que uma rede em L (ou em T) com resistores, de valores assimétricos,
promovendo uma adaptação de impedâncias através do uso de resistores, com a
menor perda possível com esta técnica. Sempre haverá atenuação, mas sinal
temos de sobra. Vários sites na internet têm rotinas de calculo de atenuadores
em pi, L ou T, que admitem impedâncias de entrada e saída diferentes.
No caso em questão, se o uso
dos jfets for considerado e a preguiça de fazer outro balun existir, basta
calcular um atenuador que tenha de um lado impedância de 65 W
(jfet) e do lado do balum uma impedância de 225 W.
Fazendo um destes elementos, preferencialmente o resistor do lado do balun,
variável, podemos atuar nele buscando o nulo no sinal indicado no receptor,
nessa etapa "entrada em curto".
(segue ...)
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